Sei que o
que conta são os meus defeitos.
Já meus bons
feitos, são facilmente apagados pelo tempo e falta de conceitos.
Olho a
parede descascando na rua.
Vejo ao lado
a árvore moribunda teimando em florescer em sua pele nua.
Teimando em
verdejar, filtrar o ar, em benefício daqueles que nem parecem se importar.
Balançando enquanto o mundo vai se acabando.
Persistindo em seguir seu papel, independente do homosapiens cruel.
A percepção
nublada, não permite ao homem ver a vida se afunilando.
São peças de
um quebra-cabeça infantil que todos seguimos ignorando.
Responsabilidade
é a consequência de se tomar consciência de algo.
A ciência
mostra.
Nós Ignoramos.
A natureza
reage violentamente.
Nós nos
afogamos, soterramos em nosso estado vegetativo...
Nos tornamos hiperativos, destrutivos por natureza.
Como podemos
ser tão antagônicos em uma mesma vida, e com tanta falta de certeza?
A bala fura,
a faca corta, a carne sangra.
Às vezes não
da forma vermelha literal.
Mas a vida
tem sido uma peça teatral.
Os
personagens se misturam, e na continuidade, vem o caos.
Não há
questionamento sobre o papel a ser desenvolvido de verdade.
Seguimos
envolvidos pela ganância e promiscuidade, sem saber que a paz não vem da
intensidade desta hostilidade.