terça-feira, 31 de maio de 2011

Leveza

Vidro do carro aberto.
O vento batendo no rosto em um dia quente.
A mão descrevendo movimentos sinuosos contra o vento.
Tristeza ontem, alegria infinita hoje.

A música ideal tocando histericamente no rádio carro.
Por falar em ideal; o que vem a ser isso realmente nos dias de hoje?
Conseguir sobreviver em um país violento e hipócrita pode ser uma boa resposta.
Não sei, o momento não é para pensar em coisas negativas.
O pensamento se afasta.
Quem sabe viver um ideal seja se sentir bem, realizar idéias, fechar os olhos e perceber que não há peso em nossos ombros após cada conquista alcançada...
E se por acaso tiver, encararemos de frente sem medo.
Conquista com peso excessivo, não é realização plena, o difícil é conseguir coincidir os fatores para ocorra da maneira que idealizamos...

Claro que há momentos em que queremos exterminar tudo com o nosso rancor.
Mas hoje não.
Agora nossa armadura paira sob o solo inerte e suplicante pelo nosso corpo quente.

O trânsito para sobre a ponte
Saímos do carro e batucamos no ritmo das baquetas do som que nos chega.
Parecemos loucos, mas é só alegria.
A Sensação de bem estar aumentado exponencialmente pelo calor do sol.

Do isopor vem a água gelada.
Lavo o rosto e aponto o nariz para o firmamento.
Nada de poluir o corpo.
Liberdade correndo nas veias, e sendo espalhada pelo vento que sopra no vão central.
Quase são perceptíveis as vibrações positivas sendo carregadas para o horizonte ao léu

Os carros avançam lentamente.
Caminhamos ao lado do veículo, não há por que se enclausurar por tão pouca distância.
A velocidade se intensifica.
Entramos no carro e seguimos o nosso caminho.
Passamos o pedágio sem olhar para trás...
Pagamos o preço de nossa passagem por esta via.
Não fazemos isso todos os dias nos mais diferentes sentidos da vida?
Sempre pagamos o preço por viver e tomar as decisões que achamos coerentes com o nosso modo de pensar e principalmente com o coração.

Corpos presos, mentes libertas..seguimos.
Sempre em frente.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Velho Amigo

Bom rever você velho amigo.
Como foi sua noite?
Você me parece bem disposto, mas precisa fazer a barba.
Esta amando...(de novo) ?
Engraçado como as coisas são não é mesmo?
Você anda sumido; muito trabalho?
Não temos nos encarado muito ultimamente.
Incrível a nossa correria.
É uma batalha infindável, cada dia uma novidade, ou mais do mesmo.
Incessante
Não ando muito preocupado com minha vida ultimamente.
Estou tranqüilo (já era tempo rs).
As coisas materiais só têm prendido minha atenção por pouco tempo.
Não sei ao certo por que.
Simplesmente se tornam opacas brevemente e perdem seu brilho.
Das nossas metas, você conseguiu cumprir alguma?
Manteve os amigos próximos enquanto pensava em como ganhar dinheiro?
Cara, eu entendo perfeitamente seu ponto de vista, fique despreocupado.
Sempre torci muito por você, essa porra de inveja não me atinge.
Fizemos tantos planos entre um porre e outro, e no fim, estamos aqui frente a frente fazendo um balanço dos últimos anos de nossas vidas.
Precisamos conversar mais.
É verdade, você esta certo, tínhamos uma forte ideologia quando éramos jovens.
Continuamos com nossos ideais, mas a sociedade enfraquecida se esqueceu das metas fincadas no passado e se tornou conivente com tudo que há de imoral.
Esse seu sorriso irônico achando que estou bebendo já cedo é o máximo.
Eu me sinto meio doido e constrangido quando ele aparece.
Pensando bem, até que estou satisfeito com as escolhas que fiz e que me conduziram até aqui neste momento.
Tenho certeza que você também.
Claro, claro, cometi inúmeros erros e acho que ainda vou cometer milhares.
O que motiva a minha natureza humana é reparar meus erros (rs)
A grande ironia é que eu não consigo por mais que tente.
Acho que uma vez errado, por mais que se queira compensar, não há retorno.
É uma mancha, uma macula eterna recoberta por camadas...e que nos cobra um certo preço vez ou outra ao longo da nossa vivencia.
Então velho amigo, sua mãe vai bem?
Aquela velha é uma grande sujeita, não sei como vai ser o mundo sem ela aqui.
Com certeza mais pobre...
Aliais, sem você aqui, não faço idéia de como seguirão as vidas dos que te cercam.
Não dá pra saber não é verdade?
Talvez com o tempo nos tornemos uma fraca lembrança...
Nossa cultura é assim mesmo, nos esquecemos rápido de tudo, seja importante ou não; mas eu acho que nasci com defeito...algumas coisas ficam gravadas na minha mente provendo uma energia residual constante para o bem e para o mal...
Lá vem você com esse sorriso irônico...
Não, eu não bebi ainda (rs)
Bom... nos falamos depois, não posso passar o dia escovando os dentes em frente do espelho.
Até breve.




segunda-feira, 23 de maio de 2011

Oscilações

Momentos de alegrias e tristezas alternados bruscamente.
Sorrisos e choros.
Lagrimas, pesares, perdas, ganhos, motivos, não motivos.

Sentimentos a deriva.
O pior de se estar à deriva é não querer direcionar nada a lugar nenhum.
Por que afiliar-se?

É bom estar despretensiosamente desancorado.
Sentir o que se tem para sentir sem a preocupação de agradar e ou dar continuidade a nada.
Amar, odiar, rir, chorar.
Que venha o que tiver que ser.

Viveremos, absorveremos e descartaremos o que for conveniente.
Desprendimento total.
Não vamos acumular bagagem física, nos bastará a emoção de viver.

A vida em rompantes, em turbilhões emocionais.
Que venha da forma que vier, sem tratamento.
Matéria bruta.
Direcionada da mesma forma ao exterior.
Goste quem gostar, ame quem quiser amar.
Tudo será intenso pelo tempo que nos for permitido.

sábado, 21 de maio de 2011

Nem tanto preocupada

Angina estava inquieta.
Andava pelas ruas apressadamente.
Ainda havia muito que fazer durante o dia.
A rotina de correria e cobrança estava apenas começando.

Parou por um instante.
Pensou no que estava fazendo e onde deveria ir a seguir.
Ponderou brevemente.

Coincidentemente estava parada em frente a um bar.
Caminhou para o interior do mesmo.
Colocou a mão sob o balcão.
Conhaque por favor.

Bebeu com sofreguidão.
Balbuciou ao vento uma canção.
Batia ritmicamente os dedos sobre o vidro morno do bar.
Brincou com o atendente ao chamar.
Balconista, mais um por favor.

Sorveu tudo; desta vez mais devagar.
Sorriu
Saldou a dívida
Seguiu para o seu urgente destino.
Seja na direção que fosse.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Angina.

O peito dói
Dizem que é “angina”.
Não sei o que é ao certo, vou dar uma pesquisada na Matrix para descobrir...
Ela surge de tempos em tempos.
Em momentos de estresse, amargura ou limites excedidos; lá esta ela cobrando o sedentarismo.
Deve ter um fundo psicológico além do patológico....
Acho que em alguns casos, a mente é quem dá inicio a patologia....sei lá.

Procuro esquecer, tornar menos importante a incomoda dor física e seguir meu caminho.
Quando me distraio a enfermidade se dissolve, mas não posso viver distraído.
 Talvez devesse levar a vida menos a sério, me preocupar um pouco menos com certos acontecimentos, e deixar a correnteza me arrastar vez ou outra.
Na verdade, vou encontrar uma função para este adjetivo...acho que vou transformá-lo em substantivo...Angina.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Rumo a extinção.

Aos poucos o destino vai cobrando do homem a arrogância que infringiu a natureza ao longo dos séculos.
Quem nós pensamos que somos?
A terra já teve várias gerações de espécimes dominantes, algumas (muitas) com até mais longevidade do que nós.

Não importa o conceito de tempo utilizado.
Fatalmente seremos sobrepujados naturalmente.
É a teoria de Darwin.
Evolução.
É a teoria religiosa.
Arrebatamento.
São teorias que nos levam ao mesmo fim.
Renovação.
A conduta humana segue na contramão.
Extinção.
Somos meras crianças cósmicas.
O mais cruel e temível vírus de destruição que transita sobre a terra.
Homo Sapiens.
Estamos vagando aleatoriamente perpetrando o mal e disseminando o egoísmo, sem saber ao certo qual é a nossa missão.
Somos o câncer do nosso planeta.
A personificação do desequilíbrio.
Somos os cavaleiros do apocalipse...
Fome, Morte, Peste e Guerra, todos em um só ser com alternância de prevalecimento nas personalidades hora dominantes na inconstância humana.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Um abraço forte...

Um beijo de irmão, ou de irmã.
A sinceridade do prazer ao desejar o bem.
Transparecer a admiração nos menores atos.
Sorrir.
Entender que sempre há um motivo para as ações que tomamos, embora este não seja notório.
É preciso ouvir, sempre.
Ouvir mais do que as palavras proferidas ou transcritas...
Ver além dos atos, enxergar com os sentidos abstratos.
Amadurecer os impulsos.
Perceber que o caminho de cada um é diferente, ainda que pisemos sobre as mesmas pegadas..pois nem os gêmeos são iguais.



terça-feira, 17 de maio de 2011

O avanço das Tropas

Será que não é perceptível que os processos de cassação dos ditadores não passam de um plano maior?
Claro que foi e é perfeitamente contextualizado como um ato de libertação.
Mas será que é um movimento genuinamente do povo e não algo plantado por terceiros visando interesses econômicos?

Os países de primeiro mundo traçam suas estratégias e pregam a soberania deixando de lado a ética, influenciam subliminarmente o povo, causam a revolta e adentram as fronteiras alheias com a desculpa de ajudar.
É claro que era preciso ajudar ou interceder de alguma forma para evitar o massacre do povo.
O que cogito é a real motivação para a invasão estrangeira em países, que concentram vastas reservas petrolíferas.

Percebemos claramente no caso do Sadam as mentiras que foram contadas, pois não foi descoberto nenhum arsenal até hoje, provavelmente ele esta sendo interrogado pessoalmente por Mefisto neste momento.

Há fatos que desconhecemos e que alimentados pela insatisfação latente da massa, geram um cenário ideal, para que os reais interesses sigam camuflados no meio da guerra civil.

É como um intricado jogo de Xadrez, onde cada jogada pode demorar muito tempo para surtir o real resultado.
Neste caso, talvez a nossa próxima geração veja o produto resultante das ações tomadas hoje; primeiro deve ocorrer a miséria ainda maior que a existente, e depois de enfraquecer suficientemente os alvos, os aliados conseguem acordos comerciais absurdos alavancados pelo desespero alheio....  em algum momento eles nos focarão, se é que já não há um plano em andamento.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Para o alto e avante?

Ele correu em direção ao penhasco e subitamente se lançou no ar.
Estranhamente a gravidade não o afetou.
Newton ficaria puto....a lei da gravidade na se aplicou neste caso.
O corpo subiu apreciando a silhueta de tudo que ficava para baixo.
Primeiro surgiram as delineações das quadras formatando o terreno.
Minutos depois as formas se perderam e ganharam um traço genérico.
Por fim azulado e esbranquiçado.

Pensou que iria sentir frio, mas não foi assim.
Não se preocupou com o oxigênio, pois subitamente tinha a certeza que poderia ficar sem ar por horas, talvez dias.
Percebeu a terra redonda e notou que o sol sumia no outro extremo do planeta.
Crepúsculo global.

Deu as costas e foi em direção a lua.
Seu corpo não possuía peso.
Concentrou-se firmemente na velocidade e em minutos alcançou o planeta branco.
O solo era poroso e ao longe via a bandeira congelada.
Deu um salto e pousou bem próximo do objeto, deu alguns passos descalços e em seguida arrancou-o.

Dane-se a soberania.
Nascemos livres.

Jogou o objeto no vácuo sideral e impulsionou o corpo de volta a mãe.
Alcanço o planeta em minutos.
Acelerou ao máximo.
Sentia a resistência do Ar ao seu redor, percebia o calor em forma cônica ameaçando consumir seu corpo.
Não havia por que diminuir a velocidade seu desejo era se desintegrar na reentrada na atmosfera, surgiu um clarão e depois....o nada.

Abriu os olhos na cama subitamente encarando o teto.
Pensou no sonho louco que tivera, sentou-se na beira da cama e percebeu que seus pés estavam sujos.

Início dos 7 dias...


Aqui estamos nós.
Mais uma segunda feira para mergulharmos no tédio do trabalho.
O dia da semana é segunda, mas começa quando você decidir.
Definir o início de algo é um fato didático que nos foi transmitido no primário.
Agora que estamos um pouco mais maduros, conseguimos perceber que a cadeia de eventos começa bem antes de notarmos o resultado, e termos que tomar alguma ação efetiva.
É como se alguém jogasse uma pedra em um ponto qualquer do oceano, e a onda do impacto chegasse até nós em um ponto qualquer distante do marco zero.

A semana tem sete dias com nomes predefinidos, mas o momento de iniciar é seu, só você pode ditar seu ritmo, se quiser iniciar na quarta, que seja; basta contar sete dias a partir do momento decidido; quem vai te impedir?

Pense bem, o ato de trabalhar é glorificante, é um desafio vivido minuto a minuto.   
O que cansa é a necessidade de suprir a desatenção dos outros, compensar os erros por displicência de terceiros.
Na correria você acaba cometendo os seus próprios erros, seu fator imunológico cai e você adoece.                                                                                                                        
Seria fácil apenas aplicar os procedimentos teóricos com um ajuste aqui e outro ali, se cada um tivesse uma espécie de auto-comprometimento com as ações que desenvolve.
Bom não tem jeito.                                                                                                                                        Vamos lá!
Mergulharemos na apnéia do dever e da obrigação.
Vamos ser otimistas e pensar que para cada ato de pessimismo que nos chegue, teremos no mínimo dois de otimismo, ou apenas um fato que nos faça acreditar que o amanha poderá ser melhor, seguiremos sem nos entregar, pois este é o resultado esperado por quem você menos presta atenção.

domingo, 15 de maio de 2011

Pangéia moderna


União nas catástrofes.
Afastamento no dia a dia.
Tem sido assim o tratamento entre os humanos.
Toleram-se, mas sentem pouca compaixão.
Aliais, não sentem nada por ninguém além de si.
Fingem Amar, dissimulam o considerar.

sábado, 14 de maio de 2011

Intensamente casual.


Os olhares se cruzaram.
As pupilas se dilataram a pulsação se elevou.
Tinham a necessidade de se expressar em palavras.
Mas o gestual já denunciava a ansiedade latente.

Cada um se perguntou o motivo da distancia vivida.
Eram mais do que amigos, tiveram uma relação torrencialmente rica, no entanto, agora eram pouco mais que conhecidos.
Esbarravam-se ao acaso como se nunca estivessem se entrelaçado intensamente de corpo e mente.
Sentiam falta um do outro, mas sabiam que acontecimentos egocentricos e até mesmo infantis os haviam separado.
Poderiam ter seguido um caminho alternativo, preservado mais a pureza da atração incontrolável...

Infelizmente não exercemos poder sobre os nossos destinos, nem o exato tempo que certos acontecimentos devem durar, principalmente os mais importantes e prazerosos.
Talvez algumas coisas tenham que ser como orgasmos, intensos e de curta durabilidade; o restante é desconstrução.

Involuntariamente sentiram cheiro de eucalipto e de toalhas lavadas profissionalmente ao abrir a embalagem a vácuo.
A mente pregava peças e transformavam lembranças em cheiros reais.
O inconsciente tenta resgatar boas lembranças perdidas.
Aquelas que usamos para cicatrizar as feridas.
Mecanismos de compensação.

Aproximaram-se ainda com o olhar fixo um no outro.
Abraçaram-se e neste exato momento se deram conta que o toque já não era mais o mesmo de antes, o tempo e a distancia tiveram efeito negativo na relação.
O que sentiam naquele instante era uma lembrança de algo que se foi.
Bom, mas que passou.
Afastaram-se, se encararam meio que sem jeito, acenaram e seguiram os respectivos caminhos como meros conhecidos sem olhar para trás.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A esmo no meio da tarde.

A cabeça viajando em mil direções.
Sono, necessidades e desejos se confundem ao longo das horas.
É sempre complicado conciliar deveres e desejos.

Vez por outra somos tragados por necessidades mundanas e nos esquecemos do que realmente importa.
É necessário preservar o que te impulsiona, no entanto, o desejo de se perder lhe vem à mente de maneira fulminante e consome os seus neurônios.
Você renega a necessidade de estar em outra realidade, pois não há nada a fazer.
A não ser deixar o desejo em um plano latente.
É preciso controlar os impulsos destrutivos.
Concentrar-se nas prioridades e seguir em frente.
Sabendo que em uma hora qualquer o desejo será incontrolável e nos lançaremos em direção ao cerne da gravidade que nos atrai.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Contrário

Certo dia a Mari comentou muito bem a respeito das oscilações de conduta e humor que temos ao longo do dia.
Eu estava um pouco desanimado e sem paciência e ela disse algo como...
“sei como é...é tipo um Bob Marley invertido”
Perfeita analogia.

Às vezes em minhas divagações, penso sobre este termo e na potencialidade dele, e até acho engraçado.
Imaginemos grandes personalidades com suas características invertidas...principalmente as ruins.
Inversões tendem a ser momentâneas.
Principalmente quando a influencia do meio se esvai.
Não cultivaremos a raiva o tempo todo e ou o que seja equivalente em termos de alteração de conduta.
Somos o que somos e tendemos naturalmente a voltar ao nosso estado primário sempre que o trauma vivido passa, considerando que somos de boa indole.
O contrário gera stress...

Mas realize um Bin Laden invertido para sempre...
Seria algo como um Dalai Lama?

A capacidade de liderar de alguns poderia ser mais bem aplicada.
Mas o egoísmo, a ganância e o medo de perder uma falsa conquista não deixam.
Lideres de ações negativas são excluídos do paraíso.
Dificilmente o B. Laden esta com as virgens que pregava como recompensa pelo sacrifício em nome da causa que ele defendia.
Provavelmente ele esta tomando um abacaxi invertido nas partes baixas...

Agora penso nas torres destruídas....
Com o direcionamento certo, quantas torres lotadas de seguidores ele poderia edificar ao invés de destruir com sua pregação contundente?
Atitudes positivas fazem a diferença ao invés de trazer medo.
A luta pregada contra a prepotência foi subvertida e vidas foram tomadas......
Nada se obtém pela força, só pela conscientização.

Potenciais desperdiçados...
Vemos muito disto aqui no Brasil.
Jovens com grande capacidade se perdendo por falta de oportunidades...
Acredito que há varias criaturas em busca de oportunidades com potencial real para se tornar um cientista, um filósofo, um Pelé, em fim...um realizador ao invés de um covarde insurgente morto como um rato.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Para todos os dias.

Olá Mãe sempre é bom rever você.
Depois de tantos anos, sei que o amor entre nós não se acabará jamais.
Cresci vendo sua luta e agora você participa da minha....
Não importa o que eu diga, você esta sempre lá, minha fiel escudeira.

As vezes eu discordava de você, pois nem sempre captava a sua motivação, o seu porque de agir de determinada maneira em relação aos problemas que passamos juntos e separados...
Não importa as nuances; o resultado sempre refletia a gloria dos seus atos, mesmo quando você se indignava com a não compreensão dos outros.

Hoje sei que o maior premio do meu viver foi a liberdade que me destes desde cedo.
Mesmo com medo, sempre me deixava ir onde eu quisesse.
Pois sua orientação me bastava e me basta até hoje.
Eu poderia ser ou fazer qualquer coisa com minha liberdade obtida.
Escolhi ser uma pessoa de bem.
Com inúmeros defeitos.
Meus defeitos...
Somos seres individuais, e não cabe a ninguém culpa pelos meus atos bons ou ruins, muito menos a você.

A concepção de ser mãe não é um simples ato biológico, é criar laços de compaixão até mesmo quando erramos.

Mãe
Tento ser bom filho.
Um bom pai.
Um bom amigo.
Talvez um dia serei metade do que és.
Terei força para ser o alicerce de mais alguém alem de mim mesmo.
Meu caminho é longo, mas ao seu lado será rápido...
...E de tudo que vivemos, restará apenas uma certeza....estaremos juntos até o fim ou o recomeço...pois tudo é um recomeço, só há uma transformação de propósitos.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

+ D 50


Chegamos recentemente ao numero 50 em relação as postagens.
É complicado conciliar idéias e trabalho...
A função do trabalho vai além do ato de prover sustento, ele ocupa seu tempo, e principalmente a mente para que não se tenha tempo de pensar...tramar um futuro de acordo com os nossos anseios.

Cabe dizer que as idéias contidas nos textos visam fazer uma reflexão sobre o que temos feito de nossas vidas e como desperdiçamos ou não os nossos sentimentos, tempo e atenção; ou simplesmente reflete um coma aleatório sobre o que vem a mente em determinado momento.

Em um mundo conturbado como o nosso, e com excesso de informação, prender a atenção por mais do que um minuto é uma façanha, sendo assim, prezamos cada pequena fração de oportunidade que recebemos de quem realmente se interessa por questões que refletimos a cada postagem.
As exposições não precisam estar necessariamente certas ou totalmente erradas.

É como se fosse um divã, onde traduzimos alguns sentimentos em textos para esvaziar um pouco a mente.
Nos filmes, colocam as memórias em uma bacia para visitá-los depois se necessário.
Entretanto, na vida real não dispomos de tangentes mágicas para esvaziar o HD da mente.
Nossos neurônios circulam até quando dormimos.
Milhões de sinapses piscando incessantemente transmitindo informações.
Claro que em alguns momentos há um choque entre elas, e nem sempre é natural....

Às vezes me pergunto o motivo disso tudo.
Seria mais fácil ver TV ou dormir.
Acredito que no fim dos fragmentos postados, deve surgir algo que faça sentido.
Ou descubramos justamente o contrário...nada faz sentido, basta ser vivido...

Contribuímos de maneira não linear
São pensamentos e pontos de vista que transbordam da mente, e fogem através de nossas digitais ao pressionar o teclado, é como se os dedos estivessem encharcados de neurônios.
Nossas idéias passam por uma alquimia digital e explodem nas retinas alheias pelo monitor...modernidade, digitalização de pensamentos, quem diria...de certa forma eu vivi pra ver.

Dependendo da forma como você absorve o que lê, sempre haverá uma fração que se pode usar para fazer sua própria alquimia em busca de respostas.

O que move o mundo positivamente são os questionamentos, os maiores pensadores foram justamente os maiores questionadores e questionados, fossem eles, do seguimento filosófico, artístico ou científico, estamos longe de ter esse tipo de rótulo enaltecedor, mas seguimos com nossas próprias interrogações e exclamações.
Não importa o bla bla bla, questione-se.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Despojos

Subiu correndo as escadas e abriu sua caixa particular.
Estava ansioso.
O recipiente estava vazio como sempre.

Depositou no vácuo todos os seus bons sentimentos.
Nunca mais seria objeto de dúvidas ou chacotas.
Seria cruel como todos a sua volta.
Fechou os olhos e mentalizou.

Jogou no interior do objeto os seguintes itens etéreos
Amor, disciplina, compaixão e perdão.
Que se danem todas estas tolices.
Materializou estes sentimentos dentro da caixa e a fechou.

Urrou ferozmente, era uma fera indomável desprovido de qualquer sentimento positivo.
Sentia ódio, vontade de dilacerar, sobreviver a qualquer custo.
Decepções por amenidades nunca mais.
Fez ferver seu sangue de tanta raiva.
Extravasou seu inferno pessoal.
Sacudiu-se por alguns minutos e exauriu sua energia.
Foi ao limite, ao colapso.

Tornou a abrir a caixa.
Colocou a mão em seu interior, e desejou ter os sentimentos depositados ali de volta. Respirou fundo e fechou os olhos.

Estava mais leve.
Pensou no futuro.
O que faria sem um escape?
Vieram pensamentos do sétimo ciclo.
Bloqueou todos eles rapidamente.
Estava leve e pronto mais uma vez para seguir em frente até quando suportasse.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

JUVENTUDE QUE SE ESVAI

Já se foi o tempo em que éramos jovens, de que se tinha um ideal, e a crença de que com meia dúzia de ações se mudaria o mundo.
Sentíamos-nos como um exército determinado e sonhador.
Tudo seria possível com a nossa força da juventude.

Sonhávamos com uma profissão lúdica e nobre.
Nunca nos disseram que para alcançar determinados fins, teríamos que nos adequar a determinadas realidades, passar por cima de pessoas, e até mesmo falharmos na ética para justificar um objetivo.

 Nunca imaginamos ter que trabalhar e estudar, até que acordamos um dia com a cara em um livro com o corpo dolorido por ter adormecido sentado, debruçado sobre a mesa.

O sistema nos induz a abandonar os estudos e sejamos seduzidos por um trabalho que vai de medíocre a mediano, enquanto que nas universidades, as melhores vagas ficam para os melhores colocados na pirâmide social.

A sociedade se inverte neste ponto.
O melhor ensino passa aos de melhor berço, aos que conseguiram pagar um estudo fundamental digno.
Cadeia inquebrável.
Sistema que visa o benefício de poucos.

Hoje com mais experiência notamos que a utopia se foi.
De alguma forma a garra da juventude pobre já não mostra o mesmo vigor de outrora.
Até fantasiamos que esperamos por um grande momento de revolução...mas na verdade...continuamos e continuamos a aguardar......

No lugar do ar jovial, surgem agora os cabelos brancos, e a feição cansada de tantas e tantas batalhas esta evidente no rosto, o escudo e a armadura mental estão amassados e precisam de reparo.
Espartanos desarmados, desestimulados sem liderança motivadora e confiável por parte de quem detem o poder.