O Brasil é conhecido mundialmente através da miscigenação, futebol, culturas e ritmos. Também é visto como relativamente pacífico, e com um povo a margem, ou totalmente na pobreza.
Vivemos hoje um momento musical carente.
Existe afinação, mas se perdeu o teor cultural que deveria ser inerente ao que se expressa.
Vivemos com o mínimo aceitável, às vezes nem isso, no entanto, a Massa dedica atenção às canções que exaltam a lua, falam de desilusões amorosas, festas e sexo ou não falam nada, ficam só no tut tut tut tut tecnotronico.
Não tenho nada contra estas coisas, todos devemos ter momentos de descontração onde realmente é necessário extravasar, e rir com sinceridade.
O fato é que não podemos cultuar só isso, deve-se ter um equilíbrio entre fé, amor, festejos e principalmente dignidade.
Entre tantas estrofes, não há politização, só pedidos de reconsideração e ou declarações de sofrimento pelo amor que se foi.
Quando os momentos de folia terminam, a realidade retorna com força, e alguns se dão conta da vida que levam, outros nem isso.
É normal termos problemas, discussões, etc, mas precisamos de elementos que nos impulsionem a uma expectativa melhor de vida, um cotidiano melhor.
Adoro música, mas não sou muito eclético, confesso.
Acredito que as letras devam expressar de tudo um pouco, e inclusive, ou principalmente amor, no entanto, o amor seria mais real, se estivesse atrelado a condições melhores de trabalho, transporte, educação, renda, e outros detalhes essenciais.
Os fatores mencionados acima são geradores de stress, e é difícil manter qualquer relação, onde o nível de esgotamento ou insatisfação seja alto em relação ao redor e sua reação é ser passivo através do que escuta.
Esta tudo interligado.
E você esta sendo embalado em uma linha de produção.
Aceitação.
Achar normal o que é inadmissível.
Quando esgotada a pessoa tende a ter menos paciência, ser menos tolerante e se coloca em situações de risco, risco para o casal, risco para a família e amigos
Com diz o filme “o sistema é foda”
A mídia em geral é um patrimônio de um grande empresário que lucra com a massificação, desta forma atrai anunciantes e gera renda.
Sendo assim, torna-se conveniente que as portas das empresas estejam abertas para arrebatar o público, e para isso, nada melhor do que um povo alienado.
Não é interessante alimentar uma nação com cultura e questões sociais.
Para o empresário é como dar um tiro no próprio pé.
Então continue a curtir os ruídos ritmados com versos de solidão, sexo, folia, etc
Não invista em algo construtivo, acostume sua mente a pensar em dor de cotovelo e promiscuidade desenfreada e achar que ter o mínimo é normal.
Assim, os empresários ficam felizes e agradecem enquanto é perpetuada a passividade e pobreza da nação.
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