sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sétima economia


Atualmente somos uma economia que prospera.
Somos a sétima do globo terrestre.
Claro que este status pode mudar repentinamente.
Avançamos na moeda, entretanto, a maioria da nossa população ainda não tem acesso a recursos mínimos, como esgoto, e até mesmo água encanada.
Bebem água da chuva e defecam no chão.
Com tantos avanços tecnológicos, é estranho ainda se usar sumidoros como rede de esgoto.

Isso é, quando há o que beber, quando há o que comer.
Estando vazio, não há excrementos....

Nossos hospitais públicos são vergonhosos, as pessoas se amontoam nos corredores e tomam medicamentos errados e são diagnosticados ou tratados de forma incorreta.
Os remédios são injetados por vias erradas...
Onde já se viu...por leite nas veias...ridículo.
O povo pena para ter o mínimo de educação com políticas de ensino que não motivam nem os professores, muito menos os alunos.
Penso até que o desestímulo, é um mecanismo de controle social, que é utilizado diariamente para manter o povo no gueto.
Repartição de renda e igualdade, não são bons negócios para a classe empresária que lucra com o povo pobre e quase sempre leigo.

Se esta em nossa constituição que todos têm os direitos primários garantidos, qual é a dificuldade em se aplicar a lei?
É preciso ter boa vontade.
Se tudo que é de contexto de dignidade é dever do estado, por que um juiz da suprema corte, o presidente, ou seja lá quem for o responsável, não decreta que se proceda de acordo?
E a ficha limpa não sai...e os corruptos não estão presos...
Você rouba comida e é preso.
Seu ente é assassinado por quem deveria servir e proteger...e seu corpo é encontrado em um córrego...os técnicos não conseguem nem determinar o sexo...
Despreparo generalizado.
Precisamos despoluir o sistema. Rever essa engrenagem que nos conduz subliminarmente (ou não tão subliminar assim) para um cenário sempre desfavorável.
Pagamos impostos e votamos...mas o retorno nunca vem? Nunca virá?
Democrático com voto obrigatório é estranho, ainda mais quando as opções de candidatos disponíveis são fracas.

As trocas de ministros não vão resolver os problemas se os substituídos não forem pessoas de bem, se não tiverem valores morais acima da média dos que estão a nossa volta.
Do contrário é mais do mesmo, eternamente.

Onde será que eles vão conseguir alguém que tenha como principal característica a honestidade? Que seja perseverante e incorruptível?
Todos nós temos um preço?
Não é possível que “na terra em que se plantando tudo dá” ainda estejamos rastejando como animais e pisando em fezes em nossos quintais morais.

2 comentários:

  1. Olá.
    Você se refere a classe empresária como se estivesse se aproveitando das desgraças do povo. Deve ter se equivocado. Os empresários são empreendedores (os termos não significam a mesma coisa), geram riqueza para o país - estimula consumo e paga impostos que infelizmente não são devidamente revertidos em benefícios para a população - e promovem distribuição de renda, uma vez que se alguém trabalha para uma empresa o rendimento deste trabalhador sustenta sua família; gera também avanços tecnológicos e bem-estar a todos. O que não se encontra nesse perfil não é empresário, tem outra (des)qualificação qualquer... O verdadeiro empresário não se beneficia da situação atual, sofre com ela. Uma má educação produz força de trabalho desqualificada, serviços de saúde pública ruins o forçam a se co-responsabilizar pelo pagamento de planos de saúde; o transporte público deficiente o faz tirar seu carro da garagem (maiores gastos), não ajuda seu funcionário que mora distante ter qualidade de vida, seu funcionário chega estressado no trabalho, prejudicando todo o processo produtivo sem nem se dar conta; os altíssimos impostos que paga não são revertidos adequadamente. Entendo que o objetivo do texto é falar sobre a falência moral em que nossa sociedade se encontra, e as mazelas advindas disso. E é exatamente pelo paradoxo que vivemos que temos que saber qualificar as coisas corretamente. Porque se todos são iguais não tem nem razão de ser este texto-desabafo.
    Gostei de todo o resto. Parabéns.

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  2. Ótimo ponto de vista.
    Obrigado pelo comentário.
    A intenção dos textos de maneira geral é justamente fazer com que haja questionamentos, e cada um vai ter seu próprio ponto de vista dependendo do grau de cultura, abstração dos fatos ou até mesmo, discordar, de acordo com o que vive na própria realidade, e sempre será respeitado.
    Ideologicamente o empresário que gera, divide renda e paga impostos, deve ser louvado. Embora os salários e benefícios possam estar aquém deste mesmo princípio, reconheço que a engrenagem não seria completa e não giraria como deveria sem a presença dele.
    Talvez voltássemos a uma cultura de subsistência, se bem que não estamos longe disso com a renda média da maioria dos brasileiros.
    O empreendedor que motiva os seus funcionários sem demagogia, inteligentemente sabe que o bem da empresa depende da satisfação do mesmo, como você bem mencionou é um paradoxo.
    Não podemos esquecer que mesmo considerando os importantes itens frisados, a empresa é um elemento do capitalismo, e como tal, a filosofia filantrópica ocupa posição de destaque secundário (talvez tenha que ser assim dentro do contexto firmado pelos regimentos que seguimos).
    Mais uma vez obrigado

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