terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Início?

Então este é o ano do fim do calendário Maia, se é que pode-se dizer que existe o fim de algo.
Início do fim?
O fim que se acumula momento a momento....inexoravelmente.
Talvez seja a hora de considerarmos o calendário de outras sociedades para fundamentarmos os nossos anseios, e colocarmos nossas crenças e superstições.
Sempre precisamos de algo para nortear nossas escolhas e doutrinas...
Algo como uma ancora que nos finque e nos dê limites em nossa navegação pela vida.
Sem isso, corremos o risco de vagar a esmo pelo universo e nos perdermos com a falta de parâmetros no viver.
Para alguns, isso acontece de qualquer forma.
E não adianta se apegar a calendários, religiões, amor e outros tantos artifícios adequados para as desculpas que precisamos para nos justificarmos.
Certo ou errado é discutível, no entanto, ancoras atuam como ferramentas de ajuda pessoal, e por que não, de domínio social.
Pés no chão para quem precisa de controle.
Controle para os que ousam pensar, e tiram os pés do chão através de suas idéias e ideais.

Quem sabe os calendários de outras civilizações sejam mais longos e ofereçam outras formas de nos ancoramos similarmente?
Se nada acontecer, não sei o que será dos especuladores que vêem sinais em tudo, até onde realmente não há nada.
Pode ser que realmente ocorra algo de importante, ou até mesmo que o Maia responsável por escrever as datas e eventos cronológicos, tenha morrido sem completar o seu trabalho, e ninguém deu continuidade...simples assim.
Abdução talvez seja a resposta.
Quem sabe este fato tenha ocorrido e volte a contecer
Pode ser que seja colhida mais uma leva de seres para os céus...ou subsolo.
Sabe-se lá o destino.
Tudo é especulação.
Palavras e idéias colocadas de maneiras vagas, que dão margem a viagem da mente dos que estão sempre em busca de algo para ocupar o tempo.
O certo é que se não for um fenômeno cósmico, todo o resto poderia ter sido evitado.
Agora certamente é tarde de mais, pois o dano causado ao ecossistema trará conseqüências inevitáveis mais cedo ou mais tarde, conseqüências estas, que já podem ser observadas sem muita dificuldade por qualquer tolo.
Deterioração contínua do meio.
O interessante é que mesmo com a ruína iminente, estão defecando para o protocolo de Quioto, e tantos outros protocolos que poderiam ser fundamentados apenas no bom senso de cada um.
Metas para redução de poluição?
Sustentabilidade?
Só o progresso importa.
Seguindo a onda da poluição, neste inicio de ano estou com minhas baterias cheias.
Só que este tipo de lítio não me faz rir.
Espero economizar bastante energia para que eu dure todo este novo período de 365 dias que estão por vir, mesmo que o ano seja bissexto.
Vou tentar recarregar as energias do corpo ao sol apreciando a paisagem.
Alimentar os neurônios lendo algo que os façam ir e vir pelos labirintos da minha mente complicada.
O raro silencio do mundo também alimentará minha paz, vou procurar ainda mais por este item igualmente em extinção.
Fugirei do que deteriora meu ser, mas sei que sou fraco, e muitas batalhas perderei para o meu contraditório eu.
Mesmo fazendo uso racional do meu estoque energético, costumo chegar à metade do segundo semestre já bastante avariado e implorando por férias.
Esgotamento, físico e mental.
Sabemos que o desgaste é grande ao longo dos dias, precisamos estar bem preparados para seguir em frente sem parar para nada, pois não há trégua.
Reflexão constante é um ato necessário.
Fato este raro.
Seguimos na apneia desta metrópole habitada por criaturas conscientes de si, mas não conscientes do necessário para perpetuar o meio em que vivem, sem pensar na realidade do amanhã e se apoiando em calendários de povos extintos talvez pelos mesmos motivos que fundamentamos nossas vidas....ambição.
Mesma que esta não venha só de nós.

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