quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O mesmo manto...



O corpo pobre sob a camisa do time rico.
Quantos não sonham em ter uma oportunidade de mostrar sua arte?
Ganhar um troféu, um estandarte.
E ali no lixão, mas um sonho vai se esfacelando sob o tubo queimado da televisão.
O mesmo que outrora exibia os jogos do milionário time.
Agora é lixo junto com a sociedade que o sistema oprime.
Sem distinção.
Todos juntos sem grades, mas ainda assim na mesma prisão.
Os alicerces da pobreza financiam apenas uma pequena parcela da população.
O televisor perdeu seu valor.
Sua luz se acabou.
Os raios catódicos foram perdendo sua intensidade até se extinguirem.
Descarte .
Aterro sanitário o local.
Não pode ser normal.
Antinatural é a riqueza desigual.
Nos distanciamos mas a pobreza ainda não jaz em nosso quintal.

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