quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

COMA MEU

     Sim, invariavelmente todos precisamos em algum momento de um tipo  (mesmo que leve) de coma. Me dê um momento de coma então? Tome: relaxada em silêncio absoluto, meu coma particular. O que penso? Quando em coma quase nada, em vida normal muito ou tudo. Mas no coma - voltemos ao coma - cabeça quase vazia. Cabelos soltos, silêncio e vento. O meu momento individual, interior. Onde hora ou outra vou buscar respostas para perguntas que ainda não formulei, mas que me ardem a mente em dúvidas inexplicáveis. Hora ou outra vou me perguntar o que há de diferente/errado em minha essência. Hora ou outra vou procurar por algo que não sei onde poderia achar. Por sentir falta de coisas que não sei dizer quais são.
     No meu coma eu tiro a máscara e ponho na mesa de cabeceira ao lado. Me desfaço da armadura e deito com trajes leves confortavelmente. No meu coma apenas relaxo. Extendo os braços ao longo do corpo, respiro e penso. No silêncio gostoso do meu coma... (e por que não também do seu?).No meu coma eu sou simplesmente eu, e não me agrada as vezes a forma como me vejo. Porque no meu coma sou eu demais, e não me alcanço... Porque no meu coma procuro por coisas que não sei o nome.

2 comentários:

  1. Ninguém é de ferro, e as vezes, é necessário mergulhar na apinéia para se encontrar.

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  2. Encontrar-se é fácil, basta dedicar-se em se auto-conhecer aos poucos. Dificil é encontrar algo que não sabe-se sequer o que é. Coisas que não sabemos onde estão, coisas que não sabemos o nome...

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