segunda-feira, 16 de maio de 2011

Para o alto e avante?

Ele correu em direção ao penhasco e subitamente se lançou no ar.
Estranhamente a gravidade não o afetou.
Newton ficaria puto....a lei da gravidade na se aplicou neste caso.
O corpo subiu apreciando a silhueta de tudo que ficava para baixo.
Primeiro surgiram as delineações das quadras formatando o terreno.
Minutos depois as formas se perderam e ganharam um traço genérico.
Por fim azulado e esbranquiçado.

Pensou que iria sentir frio, mas não foi assim.
Não se preocupou com o oxigênio, pois subitamente tinha a certeza que poderia ficar sem ar por horas, talvez dias.
Percebeu a terra redonda e notou que o sol sumia no outro extremo do planeta.
Crepúsculo global.

Deu as costas e foi em direção a lua.
Seu corpo não possuía peso.
Concentrou-se firmemente na velocidade e em minutos alcançou o planeta branco.
O solo era poroso e ao longe via a bandeira congelada.
Deu um salto e pousou bem próximo do objeto, deu alguns passos descalços e em seguida arrancou-o.

Dane-se a soberania.
Nascemos livres.

Jogou o objeto no vácuo sideral e impulsionou o corpo de volta a mãe.
Alcanço o planeta em minutos.
Acelerou ao máximo.
Sentia a resistência do Ar ao seu redor, percebia o calor em forma cônica ameaçando consumir seu corpo.
Não havia por que diminuir a velocidade seu desejo era se desintegrar na reentrada na atmosfera, surgiu um clarão e depois....o nada.

Abriu os olhos na cama subitamente encarando o teto.
Pensou no sonho louco que tivera, sentou-se na beira da cama e percebeu que seus pés estavam sujos.

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