segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Onírico.


O pintor Salvador Dalí se induzia a ter alucinações ao se privar de sono por longos períodos. Na foto: escultura em Londres baseada no quadro A Persistência da Memória.

Acordado?
Como posso estar acordado se estou sonhando?
Algumas sensações são tão reais.
Não consigo separar o etéreo do material.
Estar presente
Não estar presente.
Os olhos se abrem e se fecham, as vozes vêm e seguem se completando no vácuo da mente semi-desperta.
Não há fome nem frio.
Sensação de flutuar na agradável água ao sabor da maré.
Tento retomar a consciência, mas os pensamentos se esvaem como que atraídos por alguma gravidade.
Ouço meu nome, estou sonhando?
Novamente o timbre familiar vem ao meu encontro atraindo meus sentidos direcionando meus tímpanos como um imã.
A água em que flutuava de repente se agita, a maré esta mudando, sinto frio e sensação de afogamento.
Abro os olhos e me deparo com a realidade.
Meus pêlos se arrepiam e penso na apnéia que mergulharei nas próximas horas...dias...até que a liberdade chegue novamente em forma de fim de semana.
Sendo assim, é chegado o momento de emergir no que chamamos de trabalho...

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