sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

DE TUDO QUE RESTOU

O Amor se foi
A dor se foi
A Alma ficou
Fiz tanta força e nada mudou.

É chegada a hora de dizer adeus
Não é fácil dizer isso aos meus
Até breve não serve
Pois na morte tudo se perde

As riquezas acumuladas ficaram para trás
Há de servir para os demais
Pela minha morte muitos aguardavam
Então por que choravam?

Fiquem com os espólios dêem o devido valor
Mas notem que não me serviram de nada na dor

O desejo que me consumia agora descansa sereno
Vou ficar aqui parado em meu sono pleno
Se um dia voltar
Seria ótimo outro modo de vida levar.

Muito fiz e muito faço
Mas fui e sou tratado com descaso até de demagogo fui chamado
Na minha ausência
Espero que todos ajam com calma e prudência.

Para o além nada hei de levar
Mas espero vivo em seus pensamentos conseguir me perpetuar

Triste fiquei
Pois o mundo não mudei
Na verdade ele me mudou
E fez de mim o que sou

Certo ou errado não sei
Mas a tudo e a todos que pude me dediquei
Algumas coisas não fiz tão bem quanto gostaria
Mas espero poder acertar tudo um outro dia

Agora terei preocupações astrais
Peso não tenho mais
Posso vagar pela eternidade
Mas sei que o tempo ali será contato com outra perceptividade

Como diria o poeta, “estou em uma outra estação”
Esperando o trem para me levar para outra dimensão
No fim encontrei o que sempre procurei
A luz que por muito tempo implorei.

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