sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

FRAGMENTOS DO INDIVIDUALISMO EM DISFARCE

     De forma clara e direta,no que tange os "egoísmos" ocultos, encontra-se no foco de cara um coma individualista. A idéia de que o EU abrange o TODO de forma automática, e o coletivo passa a ser consequentemente a forma como EU PENSO. Ao invés do "penso, logo existo", temos então o "penso, logo imponho". Imponho a mim, imponho a minha presença. Meus fatos, meus dramas, meus sentimentos que passam a depender do outro, minha vida que passa a ser automaticamente também a sua vida do outro, a medida que o insiro totalmente nela, e o imponho a aceitá-la sem questionar.Minhas verdades, meu EU... meu e eu... Uma necessidade de posse oposta tão dilacerante, que destroça grande parte dos indivíduos. E quando se tem um pouco mais de atenção observa-se que de todas as máscaras que usamos e armaduras que nos munimos para encarar o mundo ou o próximo, o EU é a máscara do medo. O disfarce da insegurança. O momento em que o outro se impõe e sufoca pelo simples fato de não suportar a idéia de estar sozinho, seja fisicamente ou mentalmente. Porquê para estar bem sozinho, meus caros, há que se ter ao menos tolerância e simpatia para com seus próprios pensamentos. E acima de tudo considerar-se individualmente ou não, companhia essencial para si mesmo. E conjugar: interajo com os demais porque acima de tudo gosto, e não porque preciso. Dizer sem medo para terceiros: não te possuo, apenas te completo. Porque a necessidade de posse é a resposta para o medo. E a complementação a leveza em forma de segurança. Não sejamos EU's individuais, e sim Nós coletivos.

3 comentários:

  1. Que vivamos o Nós coletivo!
    Parabéns! Ótimas reflexões!

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  2. Pois é a busca pela satisfação de necessidades e conveniências transforma o Nós em Eu.Poderia ser diferente!?

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  3. Não só poderia como DEVERIA.... boa observação...

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