quarta-feira, 20 de abril de 2011

Como o Buarque

Desde novo sempre ouvi, vi e li suas obras, não todas, mas uma parte que achei interessante.
Acreditava no Artista como um ativista político, de grande contexto filosófico.
Retirou-se do país por causa de perseguição política na época da ditadura.

Ele sonhou um Brasil diferente.
Trabalhou em diversos seguimentos e deu forma e conteúdo ao conceito de ser artista.
O que nós vemos nesse âmbito hoje em dia?
Meras interpretações de papéis e personagens....nada mais.
Quem produz arte não tem espaço digno na mídia; talvez seja por que não esteja tão preocupado em agradar a sociedade ou capitalizar através de produtos que vendam para a massa...

O fato que após o auto-exílio fora do país, essa mesma pessoa vive hoje a mesma fase dentro de nossas fronteiras.
Talvez ele tenha se cansado, sonhou e compôs para as paredes, foi perseguido e por fim não ouvido, se consumiu e partiu para a reclusão.
É melhor ficar em casa...receber os que se interessam e deixar que as diferenças sociais se consolidem cada vez mais... e que os ricos sejam sempre a menor parcela da nação...
A mistura na multidão causa diluição dos interesses da causa.