sábado, 16 de abril de 2011

Se propaga no vácuo.

Não importa onde.
É cada vez mais raro ouvir o som do vácuo.
Este que se traduz em simples silêncio, o nada.
Acordamos e o ruído ao redor esta presente.
Às vezes esqueço-me do reconfortante som do vazio.

Barulho de motor, buzinas, engrenagens, gente.

Mesmo quando você não quer ouvir rádio, alguém te força tímpano adentro os ruídos que saem dos seus fones.
Violência auditiva constante.

Se quiséssemos aquilo naquele momento, provavelmente estaríamos em um coral cantando em uníssono ou em uma quadra de alguma agremiação.

Em ambientes fechados, muitas vezes é impossível ouvir a própria voz se não gritarmos.
O Almoço em restaurante é uma verdadeira feira, e não são burburinhos.

Notei que alguns apelam para a apnéia voluntária.
Submerso o som é nulo.
Mas tome cuidado, pois como tudo que é bom, a duração é pouca.
Fique atento, e por mais que queira suba para respirar.

Enquanto isso coloco as mãos em concha cobrindo os ouvidos.
Como um desajustado na multidão se desgarrando do rebanho vou seguindo.