terça-feira, 26 de abril de 2011

Porta de Entrada

Rio de Janeiro.

Chego ao Rio após uma curta ausência.
Interessante como há coisas com que nos acostumados e parecem ser natural.
Mas não são.
Na calçada da rodoviária, a primeira coisa que percebo e o forte cheiro de urina.
Dou uns passos a frente e percebo somente poluição visual.

Acho o grafite uma Arte.
Os desenhos nas paredes são muito interessantes e tem um grau elevado de contexto social e artístico.
Em alguns lugares do mundo, são valorizados de verdade.
Mas no Rio, o que se vê são rabiscos tortos nas paredes.
Seres da caverna que continuam a transitar na sociedade, e pensam que ao marcar as paredes se tornam notórios.

Interessante como o portal de entrada da cidade é o local mais imundo em todas as instancias possíveis.
Chernobyl deve ser mais bonita hoje em dia. (similar em relação ao abandono)

Para uma cidade como a nossa, que tenta sediar eventos internacionais, ter um rio de fezes bem na frente da rodoviária é uma contradição.

A Rodrigues Alves inteira é uma bosta só.
De uma ponta a outra.
Quando chove, as pessoas se abrigam sob o viaduto, mas a chuva insiste em cair sobre suas cabeças através das rachaduras do concreto, e invadem seus sapatos sem o menor respeito.
O Bairro da Saúde deve ser a capital da Atlântida.

Dizem que vai haver revitalização.
Então é do conhecimento do poder público, a decadência que é o local?
Pergunto-me, porque há tanto descaso?
Sujeira absoluta, poluição visual, cheiro acre.

Com tantos recursos tecnológicos.
As autoridades não conseguem dar conta da sujeira e dos pixadores.
Parece um submundo dentro de um submundo maior.
Caixa de Pandora....

Cidadãos porcos e autoridades despreocupadas.
Sistema falido.
Vão injetar milhões, super faturar bilhões....e esperar a decadência para fazer tudo de novo....e assim segue o ciclo, e assim segue para a Avenida Brasil....ou avenidas do Brasil, onde se anda de bote, desviando dos entulhos.

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