quarta-feira, 20 de abril de 2011

Simbióticos.

As relações são fundamentadas em trocas.
Acredito que essa história de não esperar retorno é mera balela demagógica.

No âmbito profissional esperamos sempre por políticas de reconhecimento, seja no seguimento financeiro ou motivacional, a falta de um deles gera um processo degenerativo...insatisfação.
Você dá seu sangue dia a dia, e não recebe em troca nem mesmo um “muito obrigado” e ou algo que se assemelhe...

A simbiose é um exercício de aceitação e equilíbrio.
As partes envolvidas devem estar em revezamento constante entre hospedeiro e parasita.
Quando há desequilíbrio, fatalmente uma das partes míngua.

O s relacionamentos humanos são os mais curiosos.
Penso que em parceria, o resultado é gratificante para um conjunto que vai além dos diretamente envolvidos nessa química.

Não sei por que pessoas como Yuka e Marcelo quebram um trabalho tão contextual.
Penso em Charles e Erik Magnus, que embora sejam fictícios, são dois lados de uma mesma moeda que lutam por um objetivo único, mas empregam meios diferentes de atingir o mesmo fim; e até então a vitória não chegou para ninguém.

Ordem através do caos x Harmonia como fator de ordem social.

Roberto e Erasmo marcaram uma era dando o recado do modo deles.
Milhares de pessoas contextualizaram e viveram experiências baseadas em suas obras.
Outras tantas criaturas clamaram pelos irmãos Gallagher, que nunca esconderam o gigantesco egocentrismo que permeava tudo o que tocavam ou tocam....no sentido físico e musical.

Nota-se então que em alguns casos há uma simbiose deficiente, e em alguns outros, ocorre uma justa posição da soma dos elementos e neurônios empregados para conceber uma composição harmônica.
O resultado obtido, tanto na simbiose saudável quanto na teoricamente deficiente, é o legado que fica, seja ele qual for dependendo da forma que se entenda e cultura empregada para tal.
A diferença então entre outros conceitos fica basicamente no tempo de duração da química sem a falência de um dos lados.

É mais fácil pensar no contexto de parcerias desfeitas do que nas que se perpetuaram.
A natureza humana é inconsistente e vaidosa.
Quando se trata de dividir, as prioridades sempre fluem em um sentido só.....o sentido individual.

Juntos produziríamos infinitamente mais.
Sozinhos, somos meros personagens desempenhando papéis irrelevantes...e acabam por se cansar....como o Buarque...